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sexta-feira, setembro 16, 2011

Coisas e loisas

A Naomi Campbell e a sua grande e ecológica casa.

Tamera e o biogás:
É mesmo possível ser tão simples? Restos de cozinha são misturados com água e sujeitos à acção de bactérias estomacais dentro de um receptáculo estanque. Passado apenas um dia, o gasómetro colocado mais acima num recipiente de gás, sobe, e o biogás passa através de um tubo até ao consumidor final, pronto para ser usado numa lanterna a gás ou para cozinhar. Cada balde de restos de cozinha produz uma quantidade de gás que permite cozinhar durante duas horas – e simultaneamente um adubo líquido precioso para o quintal.

O próprio T. H. Culhane mal conseguiu acreditar quando há dois anos conheceu Dr. Anand Karve do Instituto ARTI na cidade industrial Poona na Índia. Em vez do habitual estrume de vaca, usava restos de cozinha nas suas mini instalações de biogás. A sua conclusão: «É 400 vezes mais efectivo do que o sistema com estrume de vaca.»

T. H. trabalha há anos nos bairros degradados do Cairo e em outros países africanos para desenvolver soluções descentrais relacionadas com a produção de energia com os habitantes.

«Estou a referir-me a soluções verdadeiramente descentrais, não aquilo o que Bill Gates entende quando quer fornecer mini instalações atómicas a todas as aldeias africanas. Mesmo que tal não fosse uma catástrofe para a saúde e o ambiente, roubaria às pessoas algo essencial: a sua capacidade de pensarem por si próprias e de encontrarem soluções por si próprias.»

Inicialmente queria levar energia solar descentralizada para os bairros degradados. «Mas as pessoas não só tinham falta de energia, como um outro problema enorme: estavam a afogar-se em lixo. Faziam artigos para vender a partir de metal e de plástico. Mas o que fazer com o fedor e a miséria permanentes do lixo orgânico, no qual as ratazanas medravam e as crianças adoeciam? Muitas vezes não há espaço para compostagem.»

Com a ideia do biogás, o lixo orgânico torna-se uma matéria-prima preciosa. Nas povoações mais pobres, na selva africana e nos bairros degradados, T. H. experimentou em conjunto com os habitantes. Utilizavam o que tinham – baldes, bidões de plástico, mangueiras, velhos fogareiros a gás – para construir um recipiente de fermentação para o biogás, um receptáculo para o gás de tamanho semelhante, as entradas para os restos de cozinha, as saídas para o gás e o adubo líquido e os aparelhos finais.

Também aproveitou esta capacidade de improvisação em Tamera. Com os participantes entusiasmados do Campus Global construiu em dois dias uma instalação de biogás funcional para a cozinha solar do Campo Experimental. Era como num dos seus vídeos promocionais, onde um habitante de um bairro degradado disse: «Adoro, porque fui eu que fiz.»

T. H. compôs uma canção sobre o tema, a qual canta com uma guitarra eléctrica em todas as suas apresentações. O refrão é fácil: «It's the same gas we pass.» Ou em português: São os mesmos gases que soltamos.

Na realidade, as bactérias dentro do recipiente de fermentação fazem o mesmo como as do nosso estômago: digerir alimentos. Por isso, os restos de cozinha são mais apropriados para a instalação de biogás do que retretes de compostagem ou massa verde pura. A regra geral é: quanto mais diversificado o alimento para a fermentação, melhor. Com algumas pás de estrume de vaca dissolvido em água morna inicia-se a instalação de biogás, as bactérias encontram a sua comida e começam a trabalhar.

O segundo produto de uma instalação de biogás é o adubo líquido, uma solução nutritiva concentrada com todas as componentes que a planta inicialmente necessitou para crescer. De certa forma até é mais valioso do que composto, porque no recipiente fechado não há fugas de amoníaco e o nitrogénio é mantido como composto na sua totalidade.

O único factor limitador é o de as bactérias dentro de um tanque liso de 1000 l apenas conseguirem digerir um balde de restos de cozinha. As bactérias não nadam na sopa de composto, elas vivem em superfícies sólidas, no chão e nas paredes. Só num povoamento no Quénia é que os habitantes tiveram a ideia brilhante: podemos aumentar a superfície dentro do recipiente de fermentação. Tal como uma vaca tem dobras nas paredes do estômago, acrescentamos agora tubos de drenagem com grande superfície para aumentar a quantidade de bactérias e simultaneamente a rentabilidade da fermentação.»

Os restos de cozinha são reduzidos num triturador especial, misturados com a água de lavar a loiça e despejados no recipiente de fermentação. Este está pintado de preto, porque as bactérias trabalham melhor num ambiente quente. O engenheiro chefe de biogás de Tamera diz: «Estou entusiasmado, T. H. é um verdadeiro mestre do LowTech – das soluções técnicas simples. Ambas as instalações estão cheias e começam lentamente a produzir. Dentro de três semanas devem estar completamente funcionais. A seguir só falta colocar os tubos e podemos cozinhar com biogás. À noite e durante o Inverno será um complemento importante para a energia solar.»

Videos de T. H. Culhane:
http://youtube.com/tculhane
http://melodic-mnemonics.blogspot.com/2009/11/making-biogas-is-gas-...
http://melodic-mnemonics.blogspot.com/2009/01/talkin-trash.html
Thanksgiving Song (More and More):
http://melodic-mnemonics.blogspot.com/2008/08/as-we-sow-so-shall-we...



A fazer lembrar o filme "A Lagoa Azul" - Plan B Arquitectos’ Casa en Río Cedro is an Open Air Delight in Colombia.

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