A GoldenWater venceu a edição deste ano do concurso "A Empresa", organizado pela Junior Achievement - Young Enterprise, que quer fomentar a criatividade e o empreendedorismo dos alunos do secundário É fácil, é barato e pode vir a dar milhões. A GoldenWater, empresa criada por alunos do secundário da Escola Profissional Magestil, inventou uma embalagem para líquidos totalmente reciclável, que se pode enfiar num bolso quando está vazia, encher com água canalizada, guardar no frigorífico e desinfectar no microondas. No futuro, o grupo de oito alunos que se classificou em primeiro lugar na competição nacional "A Empresa", organizada pela Junior Achievement - Young Enterprise, quer concorrer com as garrafas de plástico que não são biodegradáveis.
Esta não foi a primeira vez que a GoldenWater se evidenciou com este produto. No mês passado conseguiu o apoio da Sonae Sierra e montou um stand no Centro Vasco da Gama, onde não só vendeu a Tap Bottle como promoveu algumas acções para sensibilizar as pessoas para o consumo de água da torneira.
A criação de empreendedores e o desenvolvimento de competências, com sentido de liderança ou de gestão, são os principais objectivos da Junior Achievement, que desde 2005 organiza este evento em Portugal para alunos do secundário com ideias de negócio inovadoras. Em termos europeus, explica Erica Nascimento, que coordena o projecto português, 20% a 25% destas miniempresas originam empresas reais. Nos Estados Unidos, a iniciativa existe desde 1919.
Aqui, quem quiser levar a sério o projecto pode contar com o apoio pro bono de uma empresa de advogados e de uma empresa de consultoria que têm um acordo com a Junior Achievement.
O nosso país é considerado um caso de estudo a nível europeu. No primeiro ano do concurso apresentaram-se 1075 estudantes, no ano lectivo de 2006/2007 foram 14 mil e este ano 30 mil. A Junior Achievement pretende que todas as crianças e jovens tenham uma experiência de Junior Achievement antes de entrarem no mundo laboral, para que a transição da escola para a universidade e depois para a vida activa seja mais fluida.
"Existem manuais que são iguais para todo o mundo", diz Erica Nascimento, "que são métodos estudados e comprovados para a inovação e o empreendedorismo. E depois existe 30% de adaptação e tradução local. Os voluntários, quando vão às escolas, utilizam o manual e depois acrescentam a sua experiência profissional e pessoal.
A responsável pelo projecto explica ainda que o sucesso dos alunos depende muito da capacidade empreendedora dos próprios professores. "Quanto mais empreendedores forem, mais conseguem motivar os alunos. Porque hoje têm de ser eles a criar a sua própria empresa ou alternativas pessoais no mercado de trabalho." Há professores que já conhecem bem o programa há quatro ou cinco anos e são já grandes embaixadores da associação.
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