Olá Amigos!
Bem-vindos ao meu diário na internet. Espreitem as ligações do lado direito e conheçam-me melhor, aos meus amigos e ao meu Mundo. Não se esqueçam que podem sempre deixar-me uma mensagem.
Voltem sempre e não se esqueçam de cuidar da nossa Natureza!

Topas

Querem fazer parte da nossa mailing list, para serem os primeiros a saber as novidades do CEA - AdDP? Escrevam para cea@addp.pt (assunto: mailing list) e todos os meses receberão novidades nossas!

sexta-feira, abril 29, 2011

AEA manhã

AEA "O Topas conta um conto"
Jardim de Infância do Calvário

Infelizmente, esta instituição não nos deu autorização para a publicação de fotografias tiradas a este grupo.

quarta-feira, abril 27, 2011

A manhã e a tarde de hoje foram coloridas de estórias aquáticas

AEA "O Topas conta um conto"
Colégio da Quinta Inglesa



Adoro que a Cristalina faça Yoga e que torne estas estórias tão divertidas. Pois de gotinha em gotinha, a Cristalina foi falando, uma nuvem encontrou, mas nunca tropeçando. Foi o avião e o passageiro que a encantaram, mas estes meninos até ginasticaram!
Que lindos foram estes grupos!
Voltem!

Ah, e esta música é especialmente dedicada ao meu amiguinho que adorou as músicas que encantaram a estória de hoje à tarde. Beijinhos.

terça-feira, abril 26, 2011

AEA manhã

AEA "O Topas e o ciclo da água"
Centro Escolar de Lobão - Corga do Lobão

Apresentação1

quinta-feira, abril 21, 2011

Actividades de Páscoa - dia 2

Foi ontem o segundo dia para as actividades de Páscoa aqui no CEA:

terça-feira, abril 19, 2011

Actividades de Páscoa - dia 1

Foi um dia repleto de energia (pudera, está Lua Cheia!), muita alegria, exercício físico, estórias, teatro e trabalhos manuais. O que estará programado para amanhã?

segunda-feira, abril 18, 2011

Esta AEA foi realizada na Biblioteca de Castelo de Paiva

AEA - "Ajuda o Topas a proteger a sua casa num tabuleiro gigante"
Rota do Românico - Biblioteca de Castelo de Paiva
Escola EB 2/3 Couto Mineiro Pejão

Quantos são hoje?

O tempo dos ventos termina esta semana. Além disso, hoje é Dia Mundial dos Monumentos e Sítios e o dia em que a Lua está cheia; é chamada de Lua de Orvalho (3 de Abril a 3 de Maio).
Apreciem-na, pois ela vai estar radiante.

sexta-feira, abril 15, 2011

AEA tarde

AEA "O Topas veste o avental e vai para a cozinha"
Cercilamas

Adorei conhecer estes meus amigos. Juntos, viajamos pela terra das plantas aromáticas e pelas selvagens que se podem colher nas nossas matas de Portugal. Depois, foi só colocar mãos e tachos à obra e cozinhar!

As cabras



quinta-feira, abril 14, 2011

quarta-feira, abril 13, 2011

Bolívia prepara lei que atribui à Mãe Terra direitos equivalentes aos dos seres humanos

Os 11 direitos estabelecidos pela nova lei incluem o direito à vida e à existência, à continuidade dos ciclos e processos vitais livres da alteração humana, ao acesso à água pura e ao ar limpo. No entanto, não é claro que força terão em tribunal.

Como parte de uma reestruturação do sistema legal Boliviano no seguimento de uma alteração à constituição que data de 2009, a Bolívia prepara-se para aprovar uma lei que atribuiu à Mãe Terra direitos semelhantes aos que detêm os seres humanos.

Esta medida pioneira, acordada por políticos e movimentos sociais, tem como base uma visão ancestral do mundo espiritual dos índios Andinos que coloca o Ambiente e a Terra no centro de toda a Vida, e pretende promover a tomada de decisões radicais tendo como fim a redução da poluição e o controlo da indústria.

Entre os 11 direitos a ser atribuídos à Mãe Terra contam-se o direito à vida e à existência, à continuidade dos ciclos e processos vitais livres da alteração humana, à água pura e ao ar limpo, ao equilíbrio, à não-poluição e à não-sujeição a modificações celulares ou manipulações genéticas.

A Mãe Terra passa ainda a ter o direito a “não ser afectada por mega-infraestruturas e projectos de desenvolvimento que afectam o equilíbrio dos ecossistemas e comunidades de habitantes locais”.

Segundo Undarico Pinto, da Confederación Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Bolivia, que colaborou na elaboração da lei, esta justifica-se porque “a Bolívia há muito que sofre de problemas ambientais sérios desde a exploração mineira de estanho, prata, ouro a outras matérias-primas. As leis existentes são insuficientes. [A Lei da Mãe Terra] tornará a indústria mais transparente. Permitirá ao povo regular a indústria aos níveis nacional, regional e local”.

A aprovação da nova lei implicará a criação de um Ministério da Mãe Terra e a nomeação de um provedor de justiça.

No entanto, não é claro que força terão os novos direitos atribuídos aos seres vivos não-humanos em tribunal.

Fonte: www.guardian.co.uk

Viver na lixeira?

AEA tarde

AEA "O Topas veste o avental e vai para a cozinha"
CAT - Crescer a cores

Infelizmente, esta instituição não nos deu autorização para a publicação de fotografias tiradas no decorrer desta AEA.

Enguia do meu coração!

Olhem quem resolveu dar um ar da sua graça:

Actividades de Páscoa no CEA-AdDP

PosterPáscoa2011

AEA manhã

AEA "O mistério da água para consumo humano"
FOR-MAR
Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas

terça-feira, abril 12, 2011

O problema de muitos países...

... é não consumirem o que a terra lhes dá:







Bolinhos de Alfarroba e côco

Ingredientes
2 chávenas de côco ralado
2 chávenas de farinha
1 chávena de farinha de alfarroba
1/2 chávena de óleo de graínha de uva
1 chávena de açúcar integral
1 chávena de leite (usei de arroz)
pitada de sal
2 ovos

Modo de preparo
Pré aquecer forno a 180ºC, preparar forminhas de papel pequenas.
Bater ovos inteiros e óleo, assim que obtiverem uma mistura cremosa adicionar o açúcar, mexer bem.
Juntar côco ralado e envolver bem; em seguida adicionar as restantes farinhas,e uma pitada de sal, mexer suavemente até obter mistura homogénea.
Por fim adicionar o leite pouco a pouco até obter uma massa pastosa fácil de trabalhar.


Tendo por medida uma colher de chá, distribuir a massa pelas forminhas.
Levar ao forno cerca de 15-20 minutos.

Vejam como as crianças, perdão, os adultos precisam de incentivos para a separação de resíduos

Palminhas!

O que fazer com frascos de plásticos?

Regadores, porta brinquedos, caixas e caixinhas, vasos e tantas coisas mais! Vejam aqui.

AEA tarde

AEA "Vem ser cientista com o Topas"
JI Nossa Senhora do Pilar



Aqui ficam as imagens de vagens,para nunca se esquecerem o que são!

AEA manhã

AEA "Ajuda o Topas a proteger a sua casa num tabuleiro gigante"
Academia Genial

A Feira da Primavera - está aí!

Coloquem na vossa agenda: nos sábados desde 16 de Abril até 28 de Maio.
A Feira da Primavera no Cantinho das Aromáticas.

Four little houses, blue and round,
Hidden away from sight and sound.
What is in them? The leaves never tell,
But they know the secret very well.
The daisies know, and the clover knows;
So does the pretty, sweet wild rose.
Don't be impatient, only wait
Just outside, at the leafy gate;
Soon a fairy will open the door,
And let out birdies-one, two, three, four!

sexta-feira, abril 08, 2011

Festejar o último dia de aulas antes das férias da Páscoa em Leça

Acção de sensibilização para o consumo da água da torneira
Dia aberto da Escola EB 2/3 de Leça do Balio

quinta-feira, abril 07, 2011

Domingos abertos no CEA - não esquecer

Este mês teremos apenas um Domingo com actividades (será destinado a visitas à ETA de Lever - dia 17), mas no próximo mês serão 3!
Apareçam. Estamos ansiosos por vos receber, sempre com um sorriso na cara, em prol do ambiente, muito amor no coração e claro está, com actividades muito coloridas!

FimDeSEMANA

FimDeSEMANA2

Livro do mês - Abril e Maio 2011

origem das especies

Restos da Actividade de Educação Ambiental do passado dia 25/03/2011

Que bem ilustram a história, os desenhos feitos pelos meus amiguinhos de Painçais:

DESENHOSPainçais25_03_2011

As mulheres e a depilação

Haverá uma forma ecológica de o fazer?
A Margarida encontrou várias formas! Ora vejam:

Pra quem não sabe, veganos não comem nada que tenha ingredientes de origem animal (carne, ovos, laticínios, gelatina, cochonilha, etc), não usam produtos testados em animais ou que contenham matéria prima de origem animal em sua composição e/ou processo de fabricação. O que não é uma tarefa fácil, pois existem muitos produtos químicos com nomes estranhos e que a gente nem imagina de onde vem. É por isso que veganos tornam-se experts em ler rótulos e decorar nomes de substâncias. A gente acaba fazendo isso automaticamente, mas pode virar uma paranóia!
Tudo seria bem mais fácil se existisse um selo nacional indicando os produtos veganos e existe um projeto de lei com esse intuito, chamado Projeto Lei Expedito.
Enfim... o tema da depilação é um dilema pra mim desde que me tornei vegana, pois justo quando descobri uma depiladora maravilhosa aqui em Santa Maria, decidi eliminar tudo o que eu pudesse que fosse de origem animal e a cera que ela usa contém mel. Mas não me depilar não é uma opção, assim como lâminas não são uma opção pra mim (pelo menos na região da virilha) e até porque não sei de nenhuma marca de lâminas que seja vegana. Passei então a usar cremes depilatórios, mas sempre desconfiada quanto àquelas composições. Somando-se a isso, se uso o creme muito seguido, me provoca alergia :(
Hoje, procurando pelo orkut, achei numa comunidade algumas receitas caseiras de ceras depilatórias e resolvi publicar no blog. Ainda não testei nenhuma, mas essa semana mesmo vou conversar com a moça que fazia depilação pra mim! Espero que dê certo! :D


"Cera de Vinagre

Ingredientes:

• 500 gramas de açúcar
• 250ml de vinagre

Modo de fazer:


Coloque em uma panela, leve ao fogo até formar uma consistência tipo calda em ponto de fio. Espere esfriar um pouco (não deixe esfriar muito, pois a temperatura quente da cera provoca uma dilatação dos poros facilitando a retirada dos pêlos) e passe nas áreas onde você quer se depilar.

Cera de Cenoura c/ Maracujá

Ingredientes:

• 4 xícaras de açúcar
• 1 xícaras. de suco de cenoura (coado)
• 2 xícaras. de suco de maracujá (coado)

Modo de fazer:


Leve ao fogo todos os ingredientes e deixe ferver por 40 minutos. Retire do fogo e deixe esfriar.

Dicas p/ depilação:

Antes faça uma boa esfoliação com movimentos circulares no local a ser depilado (com água e fubá, ou açúcar e sabonete de glicerina). Lave enxugue muito bem a pele e aplique a cera em tiras em um pedaço de pano (mais ecológico do que com papeis). E aplique talco no local que a ser depilado."




Fontes:
Cera veganaCera Depilatória-fazer em casa

Puxa para cima essa energia...

... porque é mesmo o que Mãe Gaya está a necessitar: muita e boa energia. Juntem-se a nós:

Tem livros para dar?

Tem as estantes atulhadas e não sabe o que há-de fazer? Tem três exemplares do mesmo título, de três editoras diferentes, e mais uma edição em inglês que uma prima lhe ofereceu? E aquele romance de cordel que já leu uma vez, que até lhe soube bem, mas que é pouco provável que lhe volte a pegar?


Se estiver a precisar de limpar as estantes, nós oferecemo-nos para ser fiéis depositários da sua herança, agradecendo desde já a generosidade.


Podem ser livros em português ou em inglês. De qualquer género, excepto livros escolares ou outros sobre temas muito específicos que não sejam de interesse geral (direito inter-comunitário, para dar um exemplo assim de repente). Venham de lá esses romances, policiais, infantis, de poesia, de arte, biografias, etc, etc.


Os livros serão depois leiloados e a verba reverterá, a 100% e de forma directa, para a APPT21.

Cães e gatos têm cemitério próprio

Os cães e gatos da Nogueira da Regedoura, em Santa Maria da Feira, já têm um cemitério próprio. Após muita insistência da população, o presidente da junta de freguesia, Henrique Ferreira, decidiu construir um pequeno edifício, situado no estaleiro da autarquia, onde serão sepultados em gavetões todos os animais que morrerem.

Entrevista a Geoff Lawton

Entrevista a Geoff Lawton, Março 2011 from Quercus Porto on Vimeo.

Porque vem aí o calor...

... e as pessoas adoram comprar roupa nova, deixo uma sugestão: comprem roupa de algodão, de preferência biológico.

Encontrei há tempos o anúncio de uma marca de roupa alusivo ao algodão orgânico. Ora vejam:



Entretanto, outra marca decidiu seguir os mesmos passos.

Só espero que não seja "sol de pouca dura" e, mais importante, que não seja publicidade enganosa!

Clube das histórias

AS SEREIAS NÃO GOSTAM DE DISCUSSÕES


Todas as crianças receiam as cócegas e as discussões. As crianças-fadas, as crianças- feiticeiras, as princesinhas e, sobretudo, as pequenas sereias. Se as sereias não gostam mesmo nada de ouvir os pais a discutir, é porque a água transmite os sons cinco vezes mais depressa do que o ar e cinco vezes com mais força. É por isso que, em casa delas, uma cena doméstica, uma simples discussão, se transformam num pesadelo aquático.
Na família da sereia Emma, as discussões começavam sempre assim:
–– Repete o que acabas de dizer!
–– Quem é que julgas que és?
E upa, depois do rebentar de algumas bolhas, a água começava a agitar-se, a agitar- -se… e tínhamos tempestade! Quando o mar ficava assim revolto, Emma começava a ver tudo desfocado. Os pais apareciam-lhe deformados, horríveis, com o rosto distorcido por causa da turbulência das águas. Era feio, feio, feio. Então Emma sentia o coração gelar. Punha as mãos nos ouvidos e agradecia aos céus o facto de ter duas mãos e não duas barbatanas. Mas, mesmo tapando os ouvidos, continuava a ouvir: “Detesto-te, detesto-te, não quero voltar a ver-te.” Estas discussões eram verdadeiras catástrofes ecológicas. Quando se desencadeavam, os cardumes de peixinhos multicores fugiam em debandada para o outro extremo do mar, como se perseguidos por um tubarão. Os ouriços-do-mar imobilizavam-se, as anémonas expeliam em silêncio o seu veneno e os polvos lançavam co mpridos jactos de tinta negra.
“Como é possível”, pensava Emma, “que pessoas adultas, com dois braços, uma cauda de sereia e um cérebro de sereia, gritem na água como se fossem verdadeiros bebés?” E pensava em todos os pais-sereias divorciados, que iam viver longe um do outro, um no mar Adriático, outro no Oceano Atlântico. E dizia para consigo: “A minha mãe trouxe-me no ventre porque amava o meu pai. Mas se nasci no amor deles, também posso desaparecer!” Era, é claro, um pouco excessivo, mas muito lógico na cabeça de uma pequena sereia. Aliás, quando ouvia os pais agredirem-se, tinha a impressão de que o seu coração se despedaçava como gelo quebrado. Porque as pequenas sereias não são peixes como os outros. São meninas de verdade, frágeis, com sentimentos e muita imaginação. O que poderia ela fazer? Tinha ouvido falar de uma outra sereia que trocara a cauda por um par de pernas. “Ter pernas ser-me-ia muito útil para fugir para terra, longe dos gritos dos adultos”, pensava. Para não morrer por causa de todas aquelas discussões, Emma afastava se para longe daquelas extensões de água cheias de turbulência, daqueles rostos distorcidos, daquelas tempestades aquáticas, e penetrava nas florestas de algas labirínticas. Ia tão longe quanto possível, descendo às profundezas, onde o silêncio é mais forte do que todos os gritos do mundo. E quando, à noite, se davam conta que ela tinha desaparecido, o pai, a mãe e todas as suas irmãs sereias iam procurá-la, longe, muito longe, nas águas doces, nas águas tépidas, abrindo, com as mãos, caminho por entre as algas, espreitando dentro das anémonas, batendo docemente à porta das conchas:
–– Emma, estás aí?
Com o coração apertado, pensavam que ela tinha desaparecido para sempre. Porque corria esse risco. Nas profundezas do mar, uma pequena sereia, mesmo experiente, pode muito bem perder o norte. E os pais perguntavam-se: e se ela foi lançada para terra? Ou engolida por um tubarão? E quando, por fim, a encontravam, curvada dentro da sua concha, com as mãos nos ouvidos, tomavam-na nos braços com muita doçura para a levarem para casa. Sentiam vergonha. E diziam-lhe:
–– Desculpa, sabes, somos dois grandes patetas. Mas já fizemos as pazes!
Quanto mais crescia, mais a pequena sereia compreendia que a vida, o cansaço, as pequenas coisas do quotidiano, uma gota de água que cai continuamente em cima de um rochedo, enfim, pequenos nadas, podem também desencadear grandes discussões.
Quando se tornou adulta, sorria ao ouvi-los, porque sabia que não tinha nada mais a recear. Que o seu coração não ia congelar nem ficar como gelo desfeito. E, ao ouvi-los, dizia para consigo: “Daqui a pouco, estão a dizer-me que nunca mais voltarão a discutir. E eu vou fingir que acredito! Porque sei muito bem que é difícil viver-se na mesma água sem discussões. Mas também sei que o mundo não vai desabar por causa disso.”






Sophie Carquain
Petites histoires pour devenir grand
Paris, Albin Michel, 2003
(Tradução e adaptação)

_____________________________________________________

Caros leitores,
O Projecto intitulado Clube de Contadores de Histórias, nascido em 2006 na Escola Secundária Daniel Faria – Baltar, tem vindo, ao longo dos anos, a difundir-se de uma forma significativa, não só em Portugal, mas também no Brasil e nos países africanos de língua portuguesa. No sentido de assegurar a continuidade de referido clube, foi constituída uma equipa pedagógica, formada por professores de vários grupos disciplinares e provenientes de diversos estabelecimentos de ensino, que tomarão a seu cargo a selecção, preparação e envio de uma história semanal por correio electrónico, tal como habitualmente tem vindo a ser feito.
Esperando que o projecto continue a merecer a melhor atenção por parte do público leitor, despede-se com os melhores cumprimentos,

A Equipa Coordenadora do Clube das Histórias

ac@contadoresdehistorias.com

quarta-feira, abril 06, 2011

A Natureza pinta?

Ai pinta pinta! E que bem que o faz!
Seguindo as experiências que a Rosa Pomar tem feito com líquenes e cascas de cebola, hoje a Raquel atreveu-se a experimentar tingir uma meada de lã. Aliás, há bem pouco tempo, deu um programa interessantíssimo sobre a Cochonilha e o seu poder colorido!

Encontrei estes dados interessantes:

CORANTES NATURAIS
Comercialmente os tipos de corantes mais largamente empregados pelas indústrias alimentícias têm sido os extratos de urucum, carmim de cochonilha, curcumina, páprica, antocianinas e betalaínas.

A maioria dos corantes naturais é de origem vegetal. Costuma-se classifica-los em quatro grandes categorias:

os pigmentos porfirínicos: clorofila
os flavonóides e derivados: antocianinas,...
os carotenóides: β-caroteno, licopeno, xantofila,..
as quinonas: ácido carmínico, carmim,..
As essas quatro principais categorias convém adicionar as xantonas, a betalaina, a cúrcuma, os taninos e o caramelo.


OS PIGMENTOS PORFIRÍNICOS:


Clorofila

Origem: vegetais folhudos e algumas frutas.

Coloração: verde.



A clorofila é o único corante natural verde permitido.Ë o pigmento responsável pela cor verde dos vegetais folhudos e de algumas frutas.

a clorofila natural é insolúvel em água, mas mediante tratamento ácido alcalino pode-se produzir a clorofilina, a qual é solúvel em água. Tanto a clorofila quanto a clorofilina não são muito estáveis quando expostos ao calor ou à luz. Em tratamento controlado com presença de íons de cobre ou zinco, é possível substituir o átomo metálico central de magnésio, sendo os compostos cúpricos, ou de zinco, assim obtidos muito estáveis. (A clorofilina cúprica de sódio, é obtida através da hidrólise da clorofila, seguida por purificação, introdução de cobre e conversão para o sal de sódio. Possui alta estabilidade ao calor e excelente estabilidade à oxidação e à incidência de luz).

O corante de clorofila é empregado em sorvetes, sucos, massas com vegetais, iogurtes, biscoitos, queijos ...



OS FLAVONÓIDES E DERIVADOS:



Antocianinas

Origem: flores, frutos e plantas superiores (uva, repolho vermelho, milho peruano).

Coloração: Vermelha, azul, púrpura ou violeta



Encontram-se amplamente distribuídas em flores, frutos e demais plantas superiores.Os sub-produtos da indústria da uva e do vinho já são empregados na preparação comercial de antocianinas.

Apresentam estrutura básica C6-C3-C6. Diferente de outros flavonóides, as antocianinas são capazes de absorver fortemente a luz na região do espectro visível, conferindo uma infinidade de cores entre o laranja, o vermelho, o púrpura e o azul de pendendo do meio em que se encontrem.

O pH é certamente o fator mais importante no que diz respeito à coloração das antocianinas.Além do pH, a cor das soluções de antocianinas depende de outros fatores como concentração, tipo de solvente, temperatura, estrutura do pigmento, presença de substâncias capazes de reagir reversível ou irreversivelmente com a antocianina, entre outras.

As uvas do tipo Cabernet Sauvignon contêm quatro principais antocianinas: delphinidin-3-monoglicosídio, petunidina-3-monoglicosídio, malvidina-3-monoglicosídio e malvinidina-3-monoglicosídio acetilado com ácido clorogênico.

O milho da espécie Kcully zea mays é uma variedade especial de milho caracterizando-se por seu alto teor de antocianos na sua espiga. Trata-se de uma variedade produzida somente no Peru. Uma das suas vantagens é a ausência de sulfitos, ao contrário do que ocorre normalmente com antocianos obtidas a partir das cascas de uva tinta, após o processo de fermentação alcoólica.

Outro pigmento da família dos antocianos é o suco do repolho vermelho (Brasica oleracea). Produz cores entre o rosa escuro e o vermelho, em produtos com pH inferior a 4. Um pH superior faz com que os pigmentos antociânicos tomem uma coloração do tipo púrpura azulada, altamente instável. Um problema com este corante é o gosto que ele deixa.



OS CAROTENÓIDES:



Existem duas maneiras de classificar os carotenóides. A primeira considera a existência de duas grandes famílias: os carotenos e as xantofilas. O segundo sistema divide os carotenóides em três tipos acíclico (licopeno), monocíclico (γ-caroteno) e bicíclico (α-caroteno e β-caroteno). O licopeno é a substância que atribui a cor característica ao tomate. O açafrão produz um pigmento chamado crocina.

A gordura do leite também contém carotenóides, variando entre 2 e 13 ppm, dependendo da estação, a qual influi na alimentação do animal. Por isso, a manteiga às vezes parece muito branca e, para torna-la com uma melhor aparência é necessário adicionar corante.

Em princípio, as operações de processamento têm pouca interferência nos carotenóides. Os complexos carotenóide-proteína são geralmente mais estáveis do que os carotenóides livres. Como os carotenóides são altamente não saturados, o oxigênio e a luz são os fatores que mais os afetam. As operações de processo destroem as enzimas que causam a destruição dos carotenóides. Os carotenóides em alimentos congelados ou esterilizados com calor são bastante estáveis. Por outro lado, a estabilidade é pouca em produtos desidratados, a menos que embale o produto com gás inerte. Uma exceção notável é o damasco, que mantém muito bem a cor nas mais variadas condições. Cenouras desidratadas perdem a cor rapidamente.

Hoje, os carotenóides são produzidos sinteticamente; os principais são o β-caroteno, o apocarotenol e cantaxatina. Por terem alto poder tintorial, são utilizados em alimentos em níveis de 1 a 25 ppm. São estáveis à luz e, de modo geral, apresentam boa estabilidade em aplicações alimentícias. O β-caroteno propicia uma cor do amarelo claro ao laranja, o apocarotenol do laranja claro ao vermelho alaranjado e a cantaxantina, cores mais vermelhas. Os carotenóides naturais aplicados em alimentos são o urucum (annatto), a oleoresina de páprica e o óleo de palma bruto.





Urucum
Origem: urucuzeiro

Coloração: amarelo-alaranjado



O urucuzeiro é um arbusto grande, ou uma pequena árvore, originário da América Latina, tipicamente tropical e, atualmente, pantropical, ou seja, cultivado nos trópicos de todo o mundo. Pertence à família Bixaceae e responde ao nome botânico de Bixa Orellana. O urucuzeiro é uma planta perene, não sendo muito exigente quanto a solos, clima e tratos culturais. Suporta variações de temperatura entre 22 e 30oC e sobrevive em locais onde a pluviosidade varia entre 800 a 2000 mm anuais.

O urucum é o único corante natural que tem sua origem em solo brasileiro. Além disso, extraído há séculos pelos índios, que utilizam seu poder tintorial como maquiagem tribal, o urucum tem sido objeto de profissionalização de cultivo, deixando no passado remoto a coleta selvagem e hoje contando com cerca de 6 mil hectares de plantações pelo país. Atualmente, cerca de 70% da produção brasileira é cultivada, com utilização de técnicas de manejo e tratos culturais adequados e beneficiamento em máquinas. Pequena parcela da produção ainda é silvestre ou utiliza métodos tradicionais de manejo.

O corante do urucum é extraído a partir da polpa da semente, constituída de uma fina camada resinosa de coloração vermelha alaranjada.

O corante urucum é disponível comercialmente nas formas hidrossolúvel e lipossolúvel, dependendo do método de extração e dos processos subseqüentes de preparação para chegar a diluições, suspensões, misturas, emulsões e pós. A forma lipossolúvel, a bixina é obtida amolecendo as sementes com vapor e extraindo o pericarpo com etanol, um hidrocarboneto clorado ou óleo vegetal. A bixina pode ser cristalizada e oferecida em forma de pó cristalina com concentração de 28 a 90%. A bixina é um carotenóide e está presente nas sementes entre 70 a 80%. O valor comercial do urucum está diretamente relacionado com seu teor de bixina. Considera-se como comercialmente satisfatório um teor de bixina de 2,5%.

A norbixina é hidrossolúvel e é tecnicamente possível obter soluções contendo mais de 5% dela. Na prática, 2,5% é o máximo de concentração que se obtém, sendo as soluções ao redor de 1%, as mais freqüentemente encontradas. As soluções de norbixina podem ser spray-dryed, obtendo-se assim um pó fino: a concentração de norbixina nesses pós pode ser de até 15%.

Obviamente, é a aplicação que irá determinar qual é a forma de urucum – bixina ou norbixina- mais indicada, sendo que a solubilidade é um dos determinantes principais.

Ao contrário de vários corantes sintéticos, o urucum não é carcinogênico. Possui um longo passado de aplicações diversas nas medicinas regionais de todos os países onde é encontrado.

Investigações realizadas na Holanda sobre a toxicidade do urucum, com experiência em ratos, camundongos e suínos, comprovam que o pigmento não apresenta toxicidade, podendo ser empregado para colorir manteigas, margarinas, queijos e outros alimentos processados. Uma ingestão diária temporária de 1,25 mg/kg de massa corpórea para extratos de urucum foi permitida pela FAO/OMS desde 1970. Os pigmentos são satisfatoriamente metabolizados.

Como alguns países do mundo não permitem o uso de corantes artificiais em produtos alimentícios, o urucum acaba sendo cada vez mais procurado no mercado internacional. É permitido em todos os países do mundo. Por causa das restrições aos corantes sintéticos, o urucum aparece como alternativa para as indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética.


E deixo de seguida os resultados conseguidos pela Raquel:






E a propósito da cortiça:



Chá de urtigas - receita da Rute

As propriedades diuréticas e desintoxicantes da urtiga são ainda mais notórias quando nos dispomos a beber chá de urtiga durante o dia. No entanto alerto as pessoas que sofrem de insuficiência renal para não o beberem. É uma infusão que irá pôr os rins para trabalhar demasiado. As restantes pessoas, podem e devem. Eu tenho sempre o hábito de ter uma caneca de chá em cima da secretaria. Porém, nestes dias frios tem arrefecido o chá instantaneamente e como gosto de chá quentinho, procurei no mercado um copo-termo. Encontrei este da foto, muito especial, no Starbucks porque tem espaço interior onde se pode colocar fotos, desenhos, recortes... claro que optei por colocar o arco-iris vertical que a Carol fez há largos anos atrás, mas que continuo a amar por ser tão original :) INGREDIENTES: Folhas de urtiga desidratadas; 1 pau de canela; 1/2 colher sementes de anis; 1 baga de cadamomo; Água a ferver. CONFECÇÃO: Abrir a baga de cardamomo e moer as sementes no almofariz junto com as sementes de anis. Colocar tudo no copo-termo, encher de água fervente. Adoçar se gostar. Eu não adoço o chá, bebo sempre sem açúcar.

Borboletas, borboletas? PRIMAVERA!

Querida malhadinha: É a Pararge aegeria: Distribui-se em toda a Europa, em bosques até aos 1200m. A lagarta alimenta-se de gramímeas, Agropyron, Triticum repens. Postura de ovos sobre ervas. Crisálida suspensa na vegetação. Observação importante: apresenta variabilidade geográfica na cor das manchas das borboletas. Informação retirada de "Borboletas e Lagartas" de Thomas Ruckstuhl.

Vai uma pizza?

ESPARREPIZZA DE GRELOS E ALHEIRA INGREDIENTES - Esparregado de grelos: •Grelos de couve tenros e verdinhos; •4 a 5 dentes de alho picado; •Azeite; •Farinha de trigo q.b.; •Leite de soja q.b.; •Pimenta em pó; •Sal fino; •Vinagre de maçã q.b. INGREDIENTES - Pizza: •Massa de pizza para base; •Azeite; •Cebola laminada em argolas finas; •Oregãos secos; •Esparregado de grelos; •1 Alheira vegetariana; •Azeitonas; •Queijo mozzarella ralado. CONFECÇÃO: Cozer os grelos préviamente lavados e arranjados. Para os tronquinhos cozerem melhor, abra-os ao meio. Coza tudo, folhas, flores e hastes tenras, em água e sal. Enquanto isto, asse a alheira no forno ou na Actifry, picada com uma faca (para não rebentar). Depois de cozidos, migue os grelos com uma faca. Muito picadinhos e bem escorridos. Numa frigideira refogue os alhos picados no azeite. Junte os grelos migados, salteie. Mais tarde, povilhe de farinha, incorpore. Adicione um fio de leite de soja, incorpore. Tempere de pimenta e de sal. Verifique se precisa de mais farinha e leite. Quando obter uma papa homogénia, junte vinagre aos poucos até chegar no travo que aprecia. Forno quente, leve a massa de pizza a assar simples durante uns minutos. Quando secar suavemente, retire para fora, unte de azeite, disponha os aros de cebola, povilhe de oregãos, cubra com esparregado, disponha pedacinhos de alheira, azeitonas, pouco queijo ralado, só mesmo para dar uma graça e leve ao forno a 200º.

Os plásticos e a água

Como ficará a água depois de contactar com o plástico? Aqui podem saber mais sobre este assunto.

O que pensam os animais?

Encontrei este texto na internet: Estudos mostram o que passa pela cabeça dos animais Golfinhos são sádicos, vacas têm inimigas, gatos e cachorros são experts em dissimulação e galinhas fazem planos para o futuro. A ciência revela o universo oculto no cérebro dos animais por Eduardo Szklarz e Alexandre Versignassi "Numa manhã, enquanto Gregor Samsa acordava de sonhos inquietantes, descobriu que tinha se transformado num inseto monstruoso. As várias pernas, miseravelmente finas em comparação com o resto do corpo, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos. ´O que aconteceu comigo?´, pensou." Sim: este é o começo de A Metamorfose, do Franz Kafka: Gregor Samsa acorda transformado numa barata. É tudo uma alegoria sobre a solidão, a timidez... Mas se acontecesse essa desgraça com você na vida real, não precisaria se preocupar: uma barata é só uma máquina programada para encontrar comida e fugir de chineladas. É burra como um glóbulo branco. Uma barata não sabe que é uma barata. Você não teria nojo de você mesmo se acordasse como uma - só iria pensar em comer uma lata de Nescau na cozinha. Mas um golfinho sabe que é um golfinho. Um elefante sabe que é um elefante. Um cachorro sabe que é... gente. O incrível é que, até há pouco tempo, a ciência não aceitava isso. Dividia tolamente a vida entre "humanos" e "animais" - como se uma baleia tivesse mais a ver com uma ameba do que com você. A noção geral dos cientistas hoje é bem mais complexa: a diferença entre as nossas faculdades mentais e as dos gatos, chimpanzés e periquitos seria de grau, não de tipo. É como comparar um Porsche com um Fusca: há uma clara diferença de nível entre eles, mas ambos são carros. E saíram da prancheta do mesmo projetista. O próprio Charles Darwin é um precursor da noção moderna de como a ciência vê os animais. Para o homem que descobriu a identidade do projetista de homens e animais (a seleção natural), a mente parecia seguir uma certa continuidade ao longo da evolução das espécies. Os bichos mais abaixo na escala evolutiva também teriam inteligência e sentimentos, só que em níveis distintos. E Darwin estava certo. "As evidências de hoje indicam que muitos animais sentem alegria, tristeza, pena...", diz o biólogo Marc Bekoff, da Universidade do Colorado. Claro que as pesquisas têm limitações: não existe uma máquina capaz de entrar na cabeça de um gorila, de um cachorro ou de uma galinha e mostrar o que é ver o mundo com os olhos de um gorila, de um cachorro ou de uma galinha. Mas dá para chegar mais perto do que você imagina. CONSCIÊNCIA Um camaleão não sabe que está mudando de cor quando se camufla. Cobras não têm consciência de que enganam predadores quando se fingem de mortas. E pelicanos voam numa formação em V sem compreender que assim poupam energia e facilitam a comunicação entre o bando e o líder. Tudo isso é obra da seleção natural. Tem tanto a ver com inteligência quanto não conseguir tirar os olhos de uma outra pessoa porque ela é bonita. É instinto cego, obra da natureza. Por outro lado, um corvo que entorta um arame com o bico para utilizá-lo como vara de pesca não está agindo de forma programada. Corvos fazem isso para fisgar peixes. E tiveram de ser criativos para isso, tanto quanto nós, humanos, quando inventamos nossas varas e anzóis num dia qualquer há 80 mil anos. Os corvos agregaram uma nova ferramenta ao seu kit de instintos. Mas chamar isso de inteligência pode, Arnaldo? Pode, Galvão. Não só pode como deve. Mas para começar a entender como funciona a inteligência em mentes que não são de Homo sapiens, temos que compreender como elas percebem o mundo. Para os humanos, uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro, ela é um território de caça. Um leopardo mal percebe que as rosas existem. Um cachorro não vai ligar pra ela, a menos que ela contenha xixi de outro cachorro ou tenha sido tocada pelo dono. Aí, sim, ele vai dar à rosa um montão de significados. "Enquanto somos seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho", diz a psicóloga americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal. Ao cheirar um cafezinho, por exemplo, algumas pessoas conseguem saber se ele foi adoçado com uma colherinha de açúcar. Já um beagle consegue farejar uma colher de açúcar diluída numa quantidade de café equivalente a duas piscinas olímpicas. Assim, o universo dos cachorros é um estrato de cheiros diferentes. Talvez por isso eles não liguem para a própria imagem no espelho. Mesmo que não concluam que a imagem é a deles, não sentem nenhum cheiro diferente, então não interpretam como sendo outro cachorro. Esse supernariz também lhes confere a habilidade de um detetive. Graças aos odores que você exala e às células epiteliais que deixa pelo caminho, seu cão sabe quase tudo sobre você: por onde andou, que objetos tocou, o que comeu, se beijou alguém ou se correu um pouco. Exceto a comida, claro, ele não se interessa pelos outros dados. O olfato do cão é capaz até de rastrear doenças em humanos, como mostra um recente estudo da Universidade Kyushi, no Japão. O labrador Marine, de 8 anos, detectou câncer de intestino ao cheirar o hálito e as fezes de pacientes. Tumores de pele, pulmão e bexiga também já foram farejados por cães em estudos anteriores. Mas nem vem, cachorrada: nossa capacidade de ler placas lá longe na estrada deixaria vocês morrendo de inveja... Bom, para sentir inveja, um animal precisaria ter autoconsciência - uma noção ampla sobre quem ele é no mundo. Chimpanzés, por exemplo, têm sentimentos complexos como inveja e vergonha (escondem o rosto quando fazem alguma besteira). E quem tem vergonha não é menos consciente que nós. O teste mais clássico para auferir consciência é o do espelho. Seu cachorro ou gato não passa por essa prova. Mas chimpanzés, elefantes e golfinhos fazem isso sem problema. Eles não só sabem quem e o que são como têm o poder de analisar o que os outros estão pensando. A primatologista Jane Goodall observou que um chimpanzé evita até olhar para uma fruta enquanto outros chimpanzés estão presentes - só para abocanhá-la inteira quando está sozinho. Alguns tampam a cara para impedir que os outros saibam que estão com medo. Tudo bem que falar de chimpanzés é covardia: geneticamente, eles estão mais próximos de nós que dos gorilas - se um ET chegasse à Terra, provavelmente não saberia distinguir a Scarlet Johanson de uma chimpanzé mais ajeitada. Ele pensaria: "Essa macacada é tudo igual"... Você não acha que ovelha, por exemplo, é tudo igual? Claro. Mas as ovelhas não. Uma pesquisa da Universidade de Cambridge mostrou que elas identificam o rosto de pelo menos outras 50 ovelhas. É isso aí: até os animais menos brilhantes podem surpreender. Mas nenhum é tão malandro quanto os que a gente tem dentro casa. ESPERTEZA Poucas coisas incomodam tanto quanto choro de gato com fome. Parece que ele vai morrer se você não der comida na hora. Mas não se desespere: pode ser um truque do bichinho. A cientista Karen McComb, da Universidade de Sussex, na Inglaterra, descobriu que alguns gatos emitem uma súplica de alta frequência, similar ao choro de um bebê, que dispara um senso de urgência no cérebro humano. Resultado: os donos se sentem compelidos a alimentá-los. Isso é um instinto que animais domésticos desenvolvem. Eles nascem sabendo isso. Então não é indício de inteligência para valer, certo? Errado: "Dos gatos que analisamos, só choravam assim os que viviam em casas habitadas por uma só pessoa. Ou seja: gatos aprendem a enfatizar dramaticamente o choro quando vivem com humanos numa relação de um para um", diz McComb. Com esse miau histérico, Garfield e sua turma dão um show de inteligência emocional: eles sacam a fraqueza do dono para manipulá-lo. Cachorros não são menos malandros. Eles também fazem suas demandas de acordo com o público da casa. "Cães aprendem rápido quem são as pessoas que podem colaborar e as que não lhes dão bola", diz Horowitz. Eles fazem isso melhor que qualquer outro animal. Num ranking de inteligência emocional, os cães seriam os campeões, de longe. O segredo deles é o contato visual. Eles são os únicos bichos que sabem o que você está pensando: olhando nos olhos eles podem detectar o nível de atenção dos donos e atuar de acordo com ele. Essa habilidade é um atributo evolutivo: cães são descendentes de lobos que trocaram a matilha pelas aglomerações humanas há 13 mil anos. Os que melhor emulavam o comportamento humano (incluindo aí a habilidade de ler a mente do outro olhando nos olhos) cresceram e se multiplicaram porque viraram os preferidos dos humanos. Os que não tinham esse dom ficaram pelo caminho. E hoje todo cão é um expert em contato visual. Como eles sabem aplicar essa habilidade inata para resolver desafios (identificar seus potencias colaboradores entre os humanos da casa), não há como negar sua inteligência. Mas o brilho da mente dos cachorros e gatos não chega perto da de um concorrente quase descerebrado: o papagaio. Um exemplar da espécie, Alex, contava até 6 e manejava um vocabulário equivalente ao de uma criança de 2 anos. O papagaio, morto em 2007, aos 31 anos, também distinguia objetos pelo formato, cor e composição. Sua treinadora, Irene Pepperberg, lhe mostrava 5 objetos de plástico (3 amarelos, 1 roxo e 1 vermelho) e um pedaço de madeira verde. Depois perguntava: "Qual é o material verde, Alex?". Ele respondia: "Madeira". E quando ela indagava "Quantos amarelos tem aqui?", ele tirava de letra: "Três". Essa capacidade de entender o mundo somada à habilidade que os papagaios têm de imitar nossa voz fazia com que Alex fosse visto como uma pessoa com asas, um desenho animado ao vivo. Era a noção humana de inteligência encarnada numa ave com o cérebro do tamanho de 3 castanhas-do-pará. Por essas Alex jogou uma pá de cal numa antiga noção da ciência: a de que sempre há uma relação direta entre o tamanho do cérebro e a capacidade cognitiva. Com seu cérebro de 9 g (o nosso tem 1 500 g), o papagaio era mais perspicaz que um cachalote - dono do maior cérebro do planeta, com quase 8 quilos. A proporção entre o tamanho do cérebro e o tamanho do corpo também não diz tudo, pois favorece bichinhos nada brilhantes. No esquilo, por exemplo, a relação entre o tamanho do cérebro e o do corpo é de 3%, contra 2% no homem. Outra explicação clássica é o tamanho do neocórtex. É a parte mais externa do cérebro, justamente a que evoluiu por último no reino animal. Só os mamíferos têm (e o nosso é enorme). Mas hoje sabbe-se que ele não é indispensável para o pensamento. Alex, que não era mamífero, não tinha neocórtex. Mas raciocinava. E outros pássaros também dão show de inteligência. Principalmente os corvos. O zoólogo de Cambridge Christopher Bird (piada pronta: bird, hehe) viu corvos jogando pedras dentro de um reservatório para fazer subir o nível da água e, assim, poder tomá-la. Eles selecionavam as pedras maiores para que a água subisse mais rápido. Nas praias do norte da Europa, corvos pegam conchas com o bico na areia. Levam até o alto e jogam em cima das pedras. Depois de alguns arremessos as conchas quebram e eles comem o recheio. Seus parentes de áreas urbanas fazem a mesma coisa. Só que jogam as conchas na faixa de pedestre das avenidas à beira-mar, esperam os carros passar por cima e catam o recheio quando o sinal fica vermelho. É fato: os corvos entendem causalidade ("se eu fizer X, acontecerá Y"). Em outras palavras, eles pensam muito bem. E melhor do que qualquer outro animal, fora os primatas e cetáceos. LINGUAGEM O Homo sapiens é o único animal capaz de dominar sintaxe, formar frases complexas e registrar o que pensa. Fato. Mas alguns bichos podem compreender a nossa linguagem quase como se fossem uma pessoa - embora não consigam reproduzi-la com a desevoltura de um papagaio . Que o diga Kanzi, um bonobo (parente do chimpanzé) criado pela pesquisadora americana Sue Savage-Rumbaugh. Ele cresceu exposto ao nosso vocabulário e domina 400 palavras. Como não pode falar, Kanzi forma frases apontando para um glossário com símbolos. Eles representam de substantivos e verbos simples, como "banana" e "pular", a conceitos complexos, como "antes" e "depois". Kanzi pode até conjugar verbos - inclusive no passado e no gerúndio. É mais ou menos como você tentando se virar numa viajem para o Camboja. Você pode até voltar entendendo algumas palavras do cambojano, mas dificilmente vai ter aprendido a conjugar algum verbo. É bem mais difícil. E olha que cambojanos e brasileiros são todos animais da mesma espécie. Ponto para Kanzi, então. Golfinhos aprendem linguagens artificiais, como demonstrou o psicólogo Louis Herman, da Universidade do Havaí, EUA. Numa delas, palavras representadas por sons de computador formavam 2 mil frases. Quando os golfinhos ouviam "ESQUERDO BOLA BATER", por exemplo, entendiam que era para bater na bola do lado esquerdo. E também compreendiam a ordem das palavras. Sabiam que o pedido "PRANCHA PESSOA ÁGUA" era para que levassem uma prancha a uma pessoa que estava na água. Já "PESSOA PRANCHA ÁGUA" era para levar a pessoa à prancha na água. Não existe diferença entre fazer isso e apremder um idioma. Ponto para os golfos. Mas talvez nem eles sejam páreo para Chaser, uma border collie. A cadela aprendeu o nome de mais de mil objetos - a maioria brinquedos, mas tudo bem. Seu dono, um psicólogo, já nem conta mais quantas palavras ela sabe. Agora ele prefere lhe ensinar rudimentos de gramática. Então estamos de acordo: certos animais, quando treinados, conseguem compreender parte da linguagem humana. Mas o que isso importa para os outros animais de sua espécie? Kanzi não vai usar seu glossário com bonobos que vivem na floresta. E Chaser pode até aprender versos de Shakespeare, mas será inútil tentar esbanjar seu intelecto com outros cães. Mas a ideia de que eles praticamente não se comunicam entre si morreu faz tempo. Até as abelhas fazem isso: elas dançam para informar a distância e a direção das fontes de alimentos. Golfinhos têm uma linguagem interna. Eles se comunicam por assobios e sinais corporais como saltos, tapas da cauda na água e fricção da mandíbula. Cada animal tem uma modulação única, o que lhe confere uma voz individual. Kathleen Dudzinski, diretora do Dolphin Communication Project, escuta esses animais há quase 20 anos com aparelhos que registram a frequência e as nuances de sua linguagem. Mas admite que ainda falta muito para decifrá-la, sobretudo porque golfinhos nadam rápido e é difícil captar uma conversa entre vários animais debaixo d’água. Além disso, cada sinal varia conforme o contexto. Com os humanos é igual: dependendo da situação, uma pessoa que levanta a mão aberta quer dizer "tchau", "pare" ou "custa R$ 5". O mistério sobre a língua dos golfinhos - e a das baleias, que se comunicam de um jeito parecido com o de seus primos - continua. Mas a tecnologia pode dar uma força. Merlin, um golfinho nariz-de-tesoura que vive em Puerto Aventuras, no Caribe mexicano, é o primeiro de sua espécie a usar iPad. Seu treinador, Jack Kassewitz, espera que a tela sensível ao toque do focinho comece a facilitar a comunicação entre humanos e cetáceos. Bom, tomara que eles não fiquem só jogando Angry Birds, como fazem os humanos quanto colocados diante do tablet. EMOÇÕES Falando em Angry Birds, passarinhos não só ficam nervosos como amam também. Mais de 90% das aves são monogâmicas. Gansos e corvos passam a vida fiéis a um único parceiro - já os casais de pombos não são tão pombinhos assim: eles traem; mas não tiram a aliança da pata. "Desconfio que aves se apaixonam mesmo, porque alguma recompensa interna [a sensação boa de amar alguém] é necessária para manter um relacionamento de longo prazo", diz o biólogo Bernd Heinrich, da Universidade de Vermont, EUA. É realmente improvável que o amor tenha aparecido entre os Homo sapiens sem nenhum precursor na escala evolutiva. E, como imaginou Darwin, o mesmo vale para o prazer, a dor... e a saudade. Veja o caso dos cachorros. A espécie evoluiu para se tornar mais que uma subespécie de lobo. Emocionalmente ele está mais para um humano de quatro patas. Na alegria e na tristeza. Alguns se recusam a comer quando o dono vai viajar e voltam a aceitar o prato depois de ouvir a voz de seus pais humanos no telefone. É uma forma primitiva de saudade. Mas poucos animais mostram suas emoções com tanta clareza quanto os elefantes. Eles ficam de luto, por exemplo. Quando reconhecem a ossada de um membro do grupo, eles gentilmente se reúnem em volta dele. Joyce Poole, que estuda elefantes há mais de 30 anos, acredita que órfãos dessa espécie sofrem de depressão, até: filhotes que presenciaram a mãe ser morta acordam gritando. Chimpanzés órfãos também são emotivos: passam horas se despedindo do corpo da mãe. Vacas também têm seus momentos down. Mas a maior característica delas é outra: são fofoqueiras. Formam pequenos grupos de amigas, têm rixas com outras vacas e guardam rancor por anos. Elas também sentem prazer ao vencer desafios. Um estudo da Universidade de Cambridge mostrou que, quando elas aprendiam a abrir uma porta para obter comida, por exemplo, suas ondas cerebrais e seus batimentos cardíacos mostravam um alto nível de excitação. Acontecia a mesma coisa quando elas estavam prestes a transar - mesmo quando quem vinha por trás era outra vaca, brincando de montar em cima dela. O prazer com o sexo também parece universal. E entre os mamíferos é parecido com o nosso. Às vezes, melhor. As fêmeas de bonobo têm órgãos sexuais enormes, do tamanho de bolas de futebol. E clitóris comparável a um dedo. Elas passam o dia se masturbando e chamando para a cama qualquer macho que passe pela frente - até por isso os bonobos são os mais pacíficos entre os grandes macacos: os homens não brigam por mulher. E mulher não briga por homem: na falta de macho, elas se viram entre si. Nada é tão comum entre nós e as outras coisas vivas do mundo quanto a busca pelo prazer. Hipopótamos estiram as pernas para deixar que os peixes mordisquem seus dedos, numa verdadeira sessão de massagem. Os batimentos cardíacos dos cavalos caem quando têm o cabelo da nuca escovado. Eles relaxam. O perfume Obsession for Men, da Calvin Klein, é atrativo para fêmeas de guepardos. E existe o prazer em fazer o mal também. Golfinhos, por exemplo, têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo. Mas o macaco rhesus, um primata asiático com jeito de babuíno, está aí para redimir seus colegas aquáticos. Num estudo da Universidade Northwestern, EUA, os macacos precisavam apertar um botão para ganhar comida. Mas sempre que eles faziam isso outros rhesus levavam um choque (de leve, mas um choque). Alguns macacos não se importaram. Mas com outros foi diferente. O psicólogo americano Frans De Wall conta melhor: "Um macaco parou de apertar o botão por 12 dias depois de ver outro levar choque. Ele estava morrendo de fome para não causar sofrimento aos outros". Pois é. Não precisa ser gente para pensar, se emocionar ou aproveitar a vida. Nem para ser gente fina. Só me "incomodaram" alguns testes realizados...

As plantas são um bom público para um concerto musical

Já todos sabem que a água e toda a Natureza é influenciada pelo Homem. Se não, vejam este vídeo:



Ora, houve quem pensasse que as plantas seriam um bom público para um concerto de música clássica. Ora vejam:



Maravilhoso!

terça-feira, abril 05, 2011

Um banho de plástico?

Olha a lavandisca!



Também chamada de alvéola branca.
Obrigado Sr. J.

A importância da água

Solidarités International et BDDP Unlimited veulent faire couler de l'encre from BDDP Unlimited on Vimeo.

A propósito do dia do Livro Infantil...

...encontrei na internet imagens de um vestido feito de páginas de livros infantis. Um verdadeiro vestido de princesa.

Como sobrevive um cão depois de isto?

Aqui podem ler toda a história. Ainda estou de boca aberta.

sexta-feira, abril 01, 2011

AEA tarde - 01/04/2011

AEA "O Topas não tem asas"
CASTIIS

No dia das mentiras preguei uma mentira: disse que a AEA se chamava O Topas tem asas! Brincadeirinha! O Topas é uma toupeira da água (é uma espécie semi-aquática), é um mamífero logo não tem asas. Em Portugal é conhecida como toupeira-de-água, rato-papialvo, rato-de-bico-comprido ou rato-almiscareiro.

A acção de educação ambiental teve as aves como tema principal. Jogamos, desenhamos e cortamos... tudo para entender o universo das aves.

A Primavera chegou em grande!

Que linda que ela está: cheia de cor, de som e de cheiros. No entanto: "Concentrações muito elevadas no ar de pólenes de plátano, carvalho, cipreste e pinheiro são esperadas nos próximos sete dias em Portugal continental, indica o Boletim Polínico hoje divulgado pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).No Alentejo, os pólenes encontram-se em níveis elevados, onde predominam os pólenes de plátano, azinheira, pinheiro, cipreste e ervas azeda, parietária e gramíneas." Deixem-se levar por esta estação tão bonita e aproveitem o fim de semana para fazerem as vossas compras semanais de vegetais e frutas nos mercados e feiras espalhados por Portugal:

 
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