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sexta-feira, julho 17, 2009

D. Florinda

Tem setenta anos a D. Florinda.
E num dia de cada mês há correspondência na sua caixa de correio.
— Vem na hora certa — diz a D. Florinda, sorrindo para o gato que anda sempre atrás dela.
D. Florinda veste roupa nova, penteia melhor o cabelo ralo, branco e curto. Calça os sapatos de pano e borracha, fecha a porta com muito cuidado, e mete a chave num saco bastante coçado.
Truc, truc, truc... lá vai ela muito direita. Lá vai ela a caminho do banco.
Quando entra, entrega a carta ao empregado, e diz baixinho:
— É a minha reforma!
Recebe o dinheiro e, truc, truc, truc..., lá vai ela muito direita.
Lá vai ela a caminho da livraria do Zé.
Depois de entrar percorre as estantes com o olhar.
Demora-se, indecisa na escolha.
E acaba por descobrir o livro, que paga e manda embrulhar.
Outra vez na rua, truc, truc, truc..., lá vai ela a caminho da casa onde mora o Rodrigo, o seu neto.
Toca à campainha, aparece o Rodrigo, e ela estende o embrulho e diz:
— É para ti, rapaz. Mais um livro para a tua biblioteca!


António Mota
Segredos
Porto, Desabrochar Editorial, 1996



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Exmos. Senhores,

Nesta época dominada pela tecnologia, os meios audiovisuais têm exercido sobre os jovens um fascínio tal, que a reflexão e a leitura são frequentemente relegadas para um plano muito secundário. As diversões falam mais alto do que o sentido de responsabilidade, com sérios prejuízos para o futuro destes mesmos jovens, cuja ausência de referências éticas os torna presas fáceis de uma sociedade materialista, em que não se olha a meios para se atingir determinados fins. Nestes tempos tão apressados, em que as pessoas vivem dominadas pela luta pela sobrevivência, os valores da infância do coração, da justiça e da tolerância têm sido substituídos por um materialismo crescente, que não olha a meios para atingir os seus fins.
Neste contexto de aridez, o Clube de Contadores de Histórias da Escola Secundária Daniel Faria, Baltar, concelho de Paredes, distrito do Porto, tem tomado a iniciativa de enviar semanalmente por e-mail a todas as escolas de Portugal uma pequena história cujo tema convide à reflexão. Em virtude do interesse manifestado pelas mais diversas pessoas, decidiu o referido Clube tornar o seu projecto extensivo a outros sectores da sociedade, algumas instituições vocacionadas para o apoio à comunidade, às comunidades portuguesas dispersas pelo mundo, bem como aos países de língua portuguesa e demais pessoas eventualmente interessadas. Convicto de que essas mesmas histórias, lidas em família, poderão contribuir para o estreitamento de laços afectivos e para a transmissão de valores fundamentais para a formação do carácter dos mais jovens, o referido clube propõe-se enviar, todas as semanas, por e-mail, uma pequena história, a fim de que o maior núm ero de pessoas venha a beneficiar com a sua leitura.
Agradece-se, por isso, o reencaminhamento das mesmas e o envio, se possível, de opiniões sobre o projecto.



Certos do vosso melhor acolhimento


O Clube de Contadores de Histórias
Biblioteca da Escola Secundária Daniel Faria - Baltar

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