Faz de conta que eu e a Tupilde vamos comprar casa para morar: qual escolhemos?
Que tal uma casa em Malmo, na Suécia? Há lá um bairro ecológico inteiro com mil residências que também adota novos procedimentos sustentáveis na construção das casas, dos materiais ao sistema hidráulico, passando pelo planeamento urbano da comunidade sueca.
Pois há arquitectos que desenham agora, o que se chama de, eco-moradias. Pude ler no Finantial Times que há um aumento da consciência sobre os problemas ambientais, principalmente devido às mudanças climáticas. As moradias são uma fonte considerável de gases estufa nos países desenvolvidos em função da energia usada para aquecer e arrefecer as casas e prédios, e também para alimentar uma quantidade crescente de equipamentos domésticos. Além disso, o cimento é considerado uma fonte de dióxido de carbono.
Além dos gases estufa, também existem problemas crescentes com a produção de lixo nas áreas urbanas das sociedades de alto consumo. Novas opções: mini-aerogeradores, quase do tamanho de um ventilador convencional. Como são mais pequenos do que as tradicionais turbinas aéreas dos parques eólicos, os novos equipamentos têm um impacto visual muito mais reduzido e um dano ambiental quase insignificante, pois praticamente não oferecem riscos aos pássaros, ao contrário dos equipamentos tradicionalmente utilizados.
O "The Solaire", na ilha de Manhattan, é o exemplo de uma luxuosa eco-moradia. O prédio de 27 andares tem 293 apartamentos para alugar e gasta 35% menos energia e 50% menos água do que os demais prédios da região. Além de painéis solares para captar energia, a água do banho e da pia das cozinhas é reciclada e usada nos sanitários. O emprendimento é da Albanese Organization.
Até o Castelo de Windsor começará, no próximo Verão, a receber energia de uma central hidroelétrica instalada no rio Tamisa, medida que deverá reduzir em 600 toneladas a emissão de dióxido de carbono anual.
Outro eco-empreendimento real, em funcionamento desde 2002 no Palácio de Buckingham, é um colector de água usado para abastecer o sistema de refrigeração. O equipamento substitui seis refrigeradores antigos. Depois de usada, a água vai para os jardins do palácio, onde os fertilizantes químicos estão as deixar de ser usados.
No Japão, uma célula de combustível, com hidrogénio, está a ser usada desde Abril para gerar energia de modo mais eficiente para a residência do Primeiro Ministro Junichiro Koizumi.
À China também já chegou esta preocupação. O governo chinês planeia construir nos próximos anos sete eco-cidades. A primeira delas será em Dongtan, perto de Shangai. Em Agosto passado, a empresa Arup foi contratada para fazer a cidade o mais próxima possível do conceito “neutra em emissões de carbono” para não contribuir com o aquecimento global. A primeira fase do projecto será apresentada em 2010. O William McDonough é o arquitecto de serviço. A empresa inglesa Zedfactory, outra referência mundial em prédios ecológicos, está a construir em Pequim um condomínio residencial com 60 casas.
Decidi chamar a isto tudo urbanismo ecológico. Ora espreitem este documento.
Fiquei indeciso! Mas escolherei com toda a certeza uma casa "verde"!
Sites sobre eco-urbanismo e eco-afins:
Conselho de Prédios Ecológicos dos Estados Unidos
Portal de tecnologias sustentáveis de design e arquitetura criado pelo Centro Escocês de Arquitetura, Design e a Cidade
Casas ecológicas da Imobiliária inglesa Green Moves
Jennifer Roberts, autora dos livros Good Green Homes e Redux: Designs That Reuse, Recycle, and Reveal
Empresa de arquitetura inglesa especializada em soluções ecológicas
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